DealerNet muda processos com programa de coaching IT Careers - Convergência Digital
:: 14/04/2011
O que leva um funcionário a não comprometer-se com os resultados da empresa em que trabalha? Essa é uma pergunta que, por muito tempo, permaneceu na cabeça dos empresários sem uma resposta concreta. A conclusão veio com a chegada da concorrência acirrada em todos os segmentos de mercado: o funcionário é constantemente desmotivado por uma série de fatores que inclui a falta de preocupação dos diretores e gerentes com os cargos mais baixos no fluxograma da empresa, a falta de critérios salariais consistentes, a falta de autonomia para a realização das tarefas e a ausência de voz ativa em momentos decisivos para a empresa.
Nos últimos anos, a realidade vem mudando e chegando cada vez mais a patamares sólidos de resultados positivos com o chamado Business Coaching, uma espécie de treinamento que visa promover a educação dos colaboradores em direção a uma autonomia crescente e ao desenvolvimento sustentável da empresa.
No segundo semestre de 2010, a DealerNet– Ação Informática iniciou a implantação do processo de Business Coaching envolvendo as lideranças da empresa, a partir dos diretores e gerentes. O projeto foi concebido a partir da percepção do diretor de Vendas e Operações, Paulo Monteiro, sobre o que era preciso para que a empresa, já consolidada e líder no mercado de soluções de gestão empresarial e tecnologia para o mercado automotivo, continuasse a evoluir e a alavancar negócios sem depender dos proprietários para consolidar esse crescimento.
Com formação especializada pela ActionCOACH no México, Paulo tem claro o conceito que um negócio é uma empresa comercial rentável que funciona sem o dono. Para isso ser verdade é preciso mudar o comportamento das pessoas visando formar lideranças e desenvolver um novo modelo de negócios. “Empresas convencionais têm um modelo de negócios onde os processos são delegados de cima para baixo e, quando o operacional não desenvolve as ações, o líder põe a mão na massa para cumprir prazos. Isso o impede de se envolver estrategicamente no negócio, que deve ser o seu papel”, explica Paulo. “A nossa missão na ActionCOACH Nordeste é promover o desenvolvimento da região através da reeducação dos donos de negócio, mudando o paradigma que o mundo está baseado na escassez para uma visão de abundancia e prosperidade”, completa Solange Melo, diretora da ActionCOACH Nordeste.
Os treinamentos, já finalizados em sua primeira fase, aconteceram quinzenalmente e tinham como foco o desenvolvimento individual. A partir desse desenvolvimento, as lideranças relatavam o seu dia a dia e revelavam problemas da empresa, situações vistas como gargalos e sugeriam soluções. O treinamento quinzenal durou cinco meses e provocou uma mudança cultural e comportamental nas lideranças, o que as deixou prontas para a segunda fase: o processo de planejamento. Esse processo tem duração de noventa dias cada ciclo e o objetivo é reunir as lideranças para aplicação de jogos que refletem comportamentos da vida real e uma parte educacional, com palestras e workshops.
O acompanhamento dessa fase é feito com reuniões semanais e mensais com as equipes, além da reunião trimestral de planejamento. Nesse momento, os diretores e gerentes já estão participando do segundo ciclo de planejamento.
Durante o processo de coaching, os diretores e gerentes de suas respectivas áreas notaram uma mudança significativa nos processos da empresa e na rotina diária de trabalho. Na visão do gerente administrativo e financeiro da DealerNet, Luiz Eduardo Santos, colaborador há cinco anos na empresa, o coaching proporcionou o alinhamento de ideias e a sistematização de métricas para resultados: “As empresas possuem metas financeiras e de produtividade e o coaching veio como uma importante ferramenta para sistematizar os objetivos. Hoje, gerenciamos e acompanhamos todas as atividades através de agendas trimestrais com os objetivos da equipe e alinhados com os objetivos estratégicos da empresa. Foi uma verdadeira reeducação empresarial absorver esses conceitos e transformá-los em resultados através da conscientização e ação de todos os funcionários”, enfatiza.
Logo após a primeira fase, foi possível observar uma conscientização em todos os setores da DealerNet: “O coaching alimentou as relações interpessoais, melhorou o processo de aprendizado e capacitação, além de ser um elemento motivador e colaborativo. Hoje isso é uma constante nas equipes da empresa e todos participam ativamente porque estão sempre se perguntando o que podem fazer para melhorar ainda mais. Quando existe a conscientização, empresa e funcionários crescem juntos”, completa.
Essa reeducação ultrapassou as barreiras do escritório e entrou na vida pessoal de muitos dos colaboradores. É o caso do gerente comercial da DealerNet, Marcos Lima, que trabalha na empresa há onze anos: “Sempre fui valorizado pela empresa, mas com o coaching pude perceber melhor essa valorização e ir em busca de novas empreitadas. Eu não tinha consciência de como a organização e o planejamento eram úteis no meu trabalho. Após o coaching, procurei aplicar tudo o que aprendi na minha vida profissional e já estou colhendo frutos.” Ele ainda conta como a qualificação profissional o fez mudar hábitos antigos em sua vida particular: “Eu adquiri um grande prazer na busca pelo conhecimento e, hoje, como me sinto muito mais valorizado pela empresa, me animei para novas empreitadas. Até o meu carro, que geralmente comprava financiado, foi planejado para ser comprado à vista utilizando os recursos de planejamento que aprendi durante o coaching.”
A partir de maio desse ano será iniciado o processo de coaching com os supervisores, abaixo dos gerentes, que terá início com o treinamento e duração de seis meses. A ideia é repetir o processo e envolver toda a equipe para que a mudança comportamental e na postura de cada um alcance a empresa como um todo.
“Esse processo tem como principal objetivo transformar as pessoas para que haja um balanceamento entre a vida pessoal e profissional a partir do autoconhecimento e da mudança de comportamento. Só assim é possível mudar a cultura de uma empresa e perpetuar o seu crescimento utilizando o capital humano como alavanca”, finaliza Paulo.
link do site http://convergenciadigital.uol.com.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=25923&sid=57
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